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AS TENDÊNCIAS PARA 2024

As tendências são consequência de um estudo de todas as energias que envolvem a passagem do ano atual para 2024, não se realizando uma abordagem oracular, porém analítica, sob o ponto de vista astrológico e o religioso com base no sistema da tradição dos Orixás. Sob qualquer que seja a comparação, sempre haverá discordâncias e congruências de interpretações, bastante salutar para a diversidade do pensamento humano. São tantas e tantas as possibilidades humanas nas suas relações com o social, ambiental e cultural que seria impossível prever ou, até mesmo, estabelecer efemérides. Daí as variantes estudadas poderem nos levar a acertos ou enganos, uma vez que a variância na parametrização é imensa.  

 - PASSAGEM DE ANO: 21 DE MARÇO (segunda-feira) ÀS 00h07m - 

Quando colocamos a passagem do ano nesse dia, estamos dizendo que, do ponto de vista das artes mágicas, baseada no sistema astrológico, se inicia um novo ciclo com a entrada do Sol no signo de Áries, o que ocorrerá no dia supra citado. Entretanto, qualquer data ganha importância a partir do campo mental coletivo formado naquele momento, o que dependerá do número de pessoas que congregam determinado pensamento. Assim, o dia 31 de dezembro tem uma força maior que a passagem de ano astrológico, uma vez que todo o mundo cristão, cerca de mais de dois bilhões de pessoas, creem nessa passagem de ciclo. O dia 21 de março de 2024 não deixa de ter a sua importância, porém sem a força da egrégora formada no dia 31 de dezembro.

Ainda com respeito às artes mágicas, consideramos a passagem do dia quando do nascimento do Sol, ou seja, o dia muda quando o Sol nasce. O Sol às 00h07min do dia 21 de março, ainda não nasceu, cabendo o entendimento, portanto, do dia 20 de março como aquele que marca a passagem do ano. De qualquer forma, siga aquilo que melhor lhe convier para ritualizar o momento que deve ser acolhido em seu coração. A ritualização traz uma marcação importante, potencializa e intermedia nossos desejos em conexão com o divino ou transcendental.

Regência Astrológica do Ano
SATURNO

Talvez o mais incompreendido de todos os planetas por carregar o estigma de cobrador de nossos atos que, no fundo, são cobrados pela nossa própria consciência. Em todas as grandes tradições, com diferentes nomes, Saturno é sempre compreendido como um grande deus avaliador dos atos, sendo essa compreensão validada por todos aqueles que não têm autonomia nas suas vidas, “terceirizando” causas e ações, colocando-se como uma biruta ao sabor dos ventos. Saturno, pelo seu rigor e senso de justiça ímpares, nos estimula a buscar a realização dos nossos desejos com muita ética.

É conhecido pela sua faculdade de delimitar o espaço da ação, mantendo as variáveis ambientais e socioculturais estabelecidas por ações pretéritas, nas quais o espaço se move com o tempo, mas os afetos serão os mesmos, de vez serem atemporais e sem referência espacial, como os deuses. Essa delimitação da certeza dos afetos que retornam implica em supostos medos e receios, principalmente no desrespeito aos afetos e densificações traumáticas causadas no outro, sendo o ato de usurpar ou tomar para si aquilo que é do outro, uma ação contrária à ética, principalmente sob a lente saturniana.

A atenção aos seus próprios limites deve ser observada a partir de uma reflexão sobre a aceitação das restrições ou da superação de algo, processo extremamente difícil por demandar elucubrações sobre si mesmo e o ambiente.

Saturno convida-nos a colocarmo-nos nesse lugar de muito desconforto, pois, normalmente, nos conforta a posição de avaliadores do outro com manuais que julgamos verdadeiros. Saturno questiona tal verdade, perguntando para que e para quem ela serve ou está à serviço. Qualquer luta requer uma avaliação de toda ambiência, qualquer avanço ou recuo precisa de estratégias, análise sem o uso de excessos, explorando-se mais a racionalidade saturniana. Saturno é uma convocação à luta diária pela vida e seus desafios, e essa luta não é normatizada por nada, sendo ímpar na sua percepção, observada por uma responsabilidade consciente. A construção dessa responsabilidade se alicerça nas experiências passadas e alavanca o futuro, o que nos faz compreender Saturno como o Grande Elo entre o passado e o futuro; o Senhor dos Antepassados e das Hierarquias estabelecidas pelo tempo.

Saturno nos faz refletir sobre nosso pertencimento ao mundo, o lugar por nós ocupado e as interações decorrentes, ação aparentemente simples, mas extremamente complexa, integrando todo nosso comportamento, seja na esfera individual ou social. A percepção da necessidade por um impulso individualista ou empático é, ainda assim, um ato reflexivo, nos situando como parte pertencente ao grupo social. O alijamento do grupo pode gerar rompimento dos laços afetivos, desaguando em uma dor insuportável ao indivíduo. E aqui nesse ponto Saturno nos alerta para a dolorosíssima percepção da solidão não escolhida.

Saturno nos lembra da nossa finitude na ação, exigindo-nos agir e não procrastinar as atitudes, ainda que aparentemente de caráter social, são individuais e visam um ganho particular. Todos os grupos são importantes pois são arenas de atuação do nosso ser e o poder é exercido nessas arenas e não em locais fechados e herméticos. Saturno exige a interação com respeito hierárquico social, horizontalizada e compartilhada.

Saturno espelha a alma e seus atos com o reflexo autoavaliador das consequências. Somente uma alma amadurecida saturnianamente é capaz da previsibilidade. Olhando intensamente para nós mesmos, nos conhecendo profundamente, somos capazes de uma mínima previsão das ações. O outro é entendido como um facilitador do nosso próprio conhecimento. O outro será sempre a oportunidade e jamais a dificuldade. O outro sempre nos fornece caminhos de compreensão e nunca obstáculos para superação. Tudo que necessitar ser superado, é colocado por nós mesmos. É o olhar no espelho de si mesmo permitindo-se ver a imagem, ainda que essa seja uma imagem do campo imaginário, mas que necessita ser vista.  

Voltando nosso olhar para o passado, observamos que nossas ações não podem ser modificadas, mas podem ser reavaliadas. Nada daquilo que foi feito pode ser mudado, mas a emoção que foi sentida em um dado momento genético-histórico-social-cultural, sem dúvidas, poderá ser ressignificada. Saturno é a oportunidade de ressignificar tudo aquilo que foi enodado nas tramas dos traumas, recalques e dissabores.

Saturno nos dá as bases para assentarmos a construção do nosso ser, que não podem ser consideradas nem firmes nem frouxas, mas simplesmente bases pessoais, ressaltando a nossa subjetividade. Tudo que tenha sido mascarado não pode se sustentar. As fantasias têm curta duração e logo o desvelamento ocorre, e a grande questão saturniana não é o deparar-se com o espanto do outro, porém com o espanto de si próprio. O espanto com nossa verdadeira face.   

 

Saturno é invocador do respeito, não do medo, mas o respeito partícipe do saber e da experiência. Qualquer ser ou sociedade se constrói em blocos que formarão entidades maiores e, nessa formação, regras e leis vão surgindo para garantir a harmonia do conjunto. Às vezes, as regras e leis estão explicitadas, outras vezes não, sendo o caráter tácito igualmente importante, no qual a noção da subjetividade e da diversidade são pilares de convivência harmônica.

A foice saturniana tanto pode ajudar no arado como pode ceifar, dependendo somente de nós o modo como utilizá-la. A dimensão da percepção pode nos dá a certeza do bom uso ou não, sendo tudo uma questão de percepção e não de verdades absolutas que subjugam e algemam o indivíduo em amarras colocadas pelo próprio. O aprendizado da convivência na sociedade é muito importante, porém, o aprendizado da convivência consigo mesmo é, sem dúvidas, o mais difícil.

 

Saturno nos dá a dimensão e traça o perímetro da nossa busca interior, um caminho de vacuidade material, mas rico em subjetividades construtoras de nossas emoções e sentimentos. Saturno desvela, quando estamos preparados, as diversas camadas do nosso ser, escondidas, amparadas e veladas nos seus astronômicos anéis. Somente aquilo que for, verdadeiramente importante para o momento vivido, será trazido à análise, com a necessária disciplina. Tudo deve ser estruturado. Saturno é a própria força disciplinadora e hierarquizante, respeitando toda liderança legítima.

 

Saturno favorece a ação construtora, valorando cada ato. É justo e não privilegia nada nem ninguém. É bastante realista e também materialista, trazendo o conceito de cristalizador. Essa cristalização ocorre tanto no campo das ideias como no das emoções, surgindo para serem tratadas sob nova perspectiva ou se solidificarem ainda mais em uma ótica conservadora.  

 

O olhar saturniano não demonstra complacência, ao contrário, é exigente e nada sonhador. É preciso lidar com o possível que a realidade nos oferece e não com o possível dos sonhos. Não é idealizador de fatos, sendo esses, consequências práticas do realizado, sem aglutinar as glórias e os talentos que não desenvolvemos. É a atenção contínua a cada ato. Em Saturno não há o pensar descompromissado, mas tudo é valorado com pesos de seriedade, sendo o compromisso, acima de tudo, com seus próprios valores estabelecidos no momento da ação. Por conseguinte, não são valores imutáveis, fazendo parte de um julgamento genético-histórico-cultural e social.

Em Saturno tudo ganha uma dimensão momentânea, importante naquele tempo-espaço. Sendo o presente a união do passado e futuro e sobre o passado, por já o termos vivenciado, resta-nos o presente como pódio dos louros recebidos. O passageiro se transformará em ação secular na valoração da vivência saturniana.  

A busca do peso corporal controlado se aguça em Saturno com as preocupações de suposto controle que julgamos ter, não sendo uma necessidade do eu, mas de suposto autocontrole àqueles que nos rodeiam. Encaixando peças como em um lego, o suposto controle é fugidio em Saturno, sendo na sequência, gerador de uma crise.

Como em Saturno tudo ganha um caráter mais societário, a qualidade de vida de todos estará contemplada em discursos, exigindo o estabelecimento de metas e objetivos a serem alcançáveis. A vida, como um todo, no planeta, será debatida, mas com a exigência de metas. É provável que tenhamos um quadro mais alarmante das mudanças climáticas, dada à realidade crua de saturno.

Tudo que requer uma construção de aprendizado estará contemplado. Saturno não facilita nada que seja temporário e sem bases sólidas. Tudo deve ser firmado em um saber legitimado pela experiência e história, pois no entendimento saturniano, qualquer coisa se constrói dia a dia, sem preguiça, com concentração na obtenção de resultados. Não há escolhidos ou privilegiados, a não ser a equidade na oferta de oportunidades, máxima saturniana do convívio social.

Saturno nos proporciona a inclusão das necessidades pessoais na ambiência social, nos fazendo refletir sobre nossos desejos espelhados e espelhando os dos outros, com perseverança, disciplina e responsabilidade. Saturno permite tudo, desde que haja responsabilidade na avaliação das consequências, mediada e tecida na malha do tempo, unindo passado e presente, como suposta causa e consequência e presente e futuro da mesma forma. A causalidade saturniana pode levar-nos a qualquer lugar, mas sempre como probabilidade possível. Entretanto, uma possível probabilidade, até mesmo em Saturno, emerge. É aquela do ineditismo que supera o vulgar gerando caminhos de possibilidades não causais.  

 

POSIÇÃO ASTROLÓGICA DE SATURNO

Saturno entrou no signo de peixes em 07 de março de 2023 e aí permanecerá até 25 de maio de 2025, conferindo mais seriedade na busca daquilo que há de transcendental em nós. Não significa dizer uma diminuição da busca, mas a busca com mais entendimento. Saturno não admite o caráter curioso e descompromissado do buscador, mas exige o entendimento das bases em que algo está apoiado, conclamando ao entendimento.

O prazer, puro e simples, de uma satisfação corpórea momentânea, pode vir a ser refletido pelos mais cuidadosos em um crescimento embasado. Peixes é a busca pela transcendência e Saturno exige o conhecimento da trilha que se descortina. Peixes é sonhador, saturno é cuidadoso e avalia cada ato na sua consequência futura.

Percebe-se uma arena maravilhosa montada dentro de nós. De um lado o clamor pelo prazer fugidio e a glória do reconhecimento temporário, do outro a frieza e realidade da vida que não aplaude nossas ações, mas somente nos faz ir à frente. Saturno não espera aplausos nem agradecimentos, pois os entende como vindos de nós mesmos. O que vem de fora nos leva por um mar de ilusões no qual saturno não navega, deixando a embarcação pisciana totalmente transloucada em uma nau dos já afogados, mas não percebidos da sua realidade.

 

 

JUPITER EM GÊMEOS

Gêmeos é o signo da especulação, das buscas, da curiosidade que move o aprendizado. Gêmeos incentiva todos esses atributos, principalmente com Júpiter os ativando, pois esse é o grande planeta que engrandece o espaço-tempo circulado. Júpiter em gêmeos é a exaltação da justificação de cada ato. Percebe-se que essa justificação, não necessariamente, escolhe as bases do seu saber, seja ele acadêmico ou popular. Esse saber popular irá, com a entrada de júpiter em gêmeos, ganhar o reconhecimento de um saber.

Júpiter em gêmeos trará os saberes populares ao reconhecimento acadêmico que sempre os rejeitou por uma ditadura da conceituação analítica. Júpiter em gêmeos não desmerece o método científico, mas também cientifica aquilo que não tem um método, mas tem a consequência como valor temporal da realidade do uso de algo. O popular não precisa provar nada, a ciência que busque métodos para validar, essa seria uma conversa entre gêmeos e júpiter.

Dentro de nós o diálogo gera uma controversa entre aquilo que a educação escolar nos forma e informa, com maior peso na informação, e o mundo que participamos e que é percebido pelos nossos sentidos. Dentro de nós a ambiguidade do ser que vive e morre é pensada. Júpiter entra no signo de gêmeos em 25 de maio de 2024.

 

URANO EM TOURO

Urano entrou em touro em 06 de março de 2019. No âmbito social abalou as estruturas de formação de nossos grupos, permitindo novas configurações. Como exemplo, citamos o questionamento da normalização da monogamia. Do ponto de vista social, Urano em touro nos faz pensar sobre as estruturas econômicas já tão desgastadas. Urano é o grande revolucionário do pensamento estabelecido. Nada em urano fica naturalizado, nos levando à exploração de novos arranjos pela busca da satisfação. Urano não entende como um sistema que privilegia tão poucos se mantém como exemplo a ser seguido, expondo as feridas que ali existem.

 

As desigualdades geradas e perpetuadas, garantidas por alguns, é questionada por um sentimento que brota em muitos, pois urano, acima de tudo, é uma satisfação para todos e, em touro, é uma satisfação econômica, desvelando, a pergunta incômoda, por que tão poucos detêm toda a riqueza do mundo? Por que o acesso aos bens de consumo é tão restrito? Urano em Touro é exatamente isso, sendo esses questionamentos o cerne da posição uraniana. E uma forma de pensar em touro necessita ser debatida e bem estruturada para que, a partir das estruturas de poder, possa ser implementada. Esse jogo gira sem parar, pois urano é inquieto. Toca ora em um ponto, ora no outro e em touro, tocará nas estruturas que legitimam o poder e que concretizam ideias renovadoras.

 

Urano evidencia o óbvio que parecia ser revolucionário. Urano somente oferece o palco onde as ideias são debatidas. Tudo pode parecer ser diferente, mas é somente o olhar sob um ângulo diferente; porém para o decisor burocrático, é avassalador necessitar mudar qualquer coisa. Urano não é uma loucura sem critério algum, principalmente em touro, traz possibilidades de um modo de fazer diferente baseado em teorias já discutidas. Urano é arauto de qualquer coisa e touro reivindica as bases de formação. Inúmeras são as possibilidades em urano, com ênfase naquilo que traz uma equanimidade, embasadas em saberes estabelecidos em touro.   

 

Urano em touro é um ato de mudança em um cenário econômico, um ato de conscientização de que algo precisa ser mudado pela própria sobrevivência do ser.

 

NETUNO EM PEIXES

Assim continuará netuno. Porém, juntamente com novas configurações, principalmente as saturnianas, netuno aguçará o estudo pelo entendimento das ervas e suas raízes. Netuno nos faz refletir sobre a satisfação alimentar de todos e não de alguns somente. Netuno nos alimenta também com sonhos da possibilidade de um mundo melhor, de uma convivência mais harmônica.

 

Netuno é a flauta de Krishna que nos leva à sabedoria de Saraswat. Netuno não se importa com nomes e rótulos, mas com a essência das coisas. Preciso, mesmo seguindo o som da flauta, cuidar com o espaço onde meus pés tocam e são sustentados.   

 

PLUTÃO EM AQUÁRIO

Dois grandes seres que realizam o que for necessário para o equilíbrio de tudo. Se admitirmos a lei das causas finais, podendo tudo ser gerado a partir de um movimento primordial, a união de ambos é ótima, pois nos dirige ao enodamento inquestionável, paralisante, porém cômodo ao ser humano.

 

Em outra possibilidade, é o fluir não fluídico, impactante e gerador de uma nova postura. Como sabemos que as possibilidades não se excluem, mas transitam qual o Yin e Yang, tudo é possível, dependendo da abertura do nosso coração ao ceifar plutoniano, manjedoura de novas ideias, combinado com as inúmeras possibilidades aquarianas.

 

São as descobertas inovadoras, sejam tecidas no saber popular sejam tecidas em saberes acadêmicos. O importante é uni-las e não as excluir. Exclusão terá sempre uma causa de satisfação sectária, enquanto a inclusão é universalmente aquariana.

PEDRA

ÔNIX, OBSIDIANA E TODAS AS VULCÂNICAS

 

CORES

PRETO, BRANCO, VERMELHO, DOURADO E O BRANCO COMO UMA COR TAMBÉM UNIVERSALISTA

 

PARTE DA PLANTA

RAIZ

 

DIA DA SEMANA

SÁBADO

PARTES DO CORPO

OSSOS, DENTES, CARTILAGENS,  CABELO, PELE

PALAVRA-CHAVE

RESPONSABILIDADE NATURAL

Sobre a naturalidade da responsabilidade cabe observar sobre o pensar consequente, aquele que promove o entendimento de que as nossas ações têm uma consequência. Muitas pessoas, amadurecidas no seu contexto social e cultural, antecipam acontecimentos futuros como o desaguar do rio no mar, pois por mais demoradas que sejam as voltas, sempre lá chegará.

Orixás Regentes do Ano
OMOLU E EXU

Omolu, o grande Senhor das transformações. O grande Rei do céu e da terra. E aqui a palavra rei é totalmente apropriada, não pelo caráter que legitima uma posição social, mas que reconhece suas ações, mesmo as mais pessoais, transcendentais no espaço-tempo da sua existência. Omolu está na larva que se transforma em borboleta, sem preocupar-se com o processo da mudança. É preciso ser como Omolu, entregando-se às mudanças sem manter o foco no processo. Nossa manutenção de foco no processo, nos comprime e oprime na pequenez do nosso ser, nos desviando do alcance da grandeza de nossa alma.

 

Omolu nos ensina o desapego de tudo aquilo que já não necessitamos. Mas quem dirá o que já não necessitamos? Somente nossa própria consciência, esse algo que transcende nossa materialidade. Então podemos concluir que são as necessidades de nossa materialidade o elemento definidor e limitador dos nossos sonhos púberes de uma ainda maturidade em formação.

 

Omolu não tem pressa, aguarda a entrada de cada um no processo. Mas, uma vez entrando no processo, exigirá ações que convirjam ao propósito. Sabe aguardar e sabe se fazer respeitar, não pelo medo impingido, mas pelos seus próprios atributos, conquistados e nunca presenteados. Omolu é o mantenedor do caminho escolhido por cada um de nós, fazendo girar suas palhas no redemoinho do vento que tudo faz circular à sua volta, trazendo a vida em toda a sua exuberância cinética.  

 

Omolu é o senhor de todas as desconstruções, quer sejam de ordem física ou moral. Derruba padrões e valores estabelecidos no tempo, pois desconhece a temporalidade. Não carrega cetro de rei, mas o xaxará da constante renovação da vida. É lento e, ao mesmo tempo, versátil. Lento, pois não tem pressa; versátil pois sua essência transformadora traz o incômodo na acomodação, gerando novos conceitos e abordagens.

 

Omolu, quando entendido, promove a cura em todos os sentidos e a cura, por ser muito transformadora, é sempre desafiadora. Senhor da febre que ativa o corpo para eliminar um mal. Assim é Omolu, apavorante como uma febre, mas tão necessário para a eliminação daquilo que não é reconhecido por nós como algo consentido pelo nosso objetivo construído em um saber que Omolu respeita.

 

Omolu traz o impacto da sua magia vibrante que eletriza toda ambiência à volta. É impactante em seus segredos sobre o morrer. Nos faz refletir sobre a finitude e transformação de tudo, porém, em muitos deixa as cicatrizes, às vezes bem visíveis, do julgar que tudo pode ser eternizado. Omolu não eterniza absolutamente nada na matéria. Se não construirmos algo que crie cicatrizes nos nossos corpos mais sutis, as cicatrizes do físico se esvaem. São nossas cicatrizes histórico-sociais que se manterão vivas nos corpos suados das danças dançadas em rituais céleres obaluayanos.

EXU TAMBÉM É O REGENTE DE 2024

A palavra regente e não corregente é mantida para não minimizar a importância de Exu na regência do ano. Exu nunca poderia ser entendido como um segundo, sendo primeiro o único numeral que lhe cabe. Exu é puro movimento que tudo modifica sem sair do lugar. Exu é a própria cordialidade e simpatia na incordialidade. Exu é o acolhedor que tudo afasta. Exu é a grande transcendência na trivialidade. Exu é o inalcançável, porém se permitindo alcançar na explicação significativa daquilo que é simbólico. Exu é a elegância do abrupto. Exu é inconcebível, permitindo-se revelar pelas frestas dos impactos conceituais. Exu é aquilo que tudo permeia e tudo contém sem nunca ser contido. Exu é aquilo que não se pode nomear, muito menos definir, mas sem o qual a existência toda fica comprometida e mergulhada em um vazio. Uma vida sem Exu não pode ser concebida, pois é uma vida que não afeta e nem é afetada por nada.

 

Exu repara, repete e repica a percussão; repõe e repudia a sensatez algébrica dos sensatos, igualando tudo naquilo que a matemática cartesiana aprisiona e embute nas suas fórmulas de igualdade. Exu não se iguala nem se mede e não pode ser captado a não ser no encontro das paralelas. Exu é o não-existente que garante todo o existir. Exu é vento forte que traz calmaria e o fraco que arranca árvore. É raio e diâmetro, tangente e secante.

 

Exu é o círculo que não admite ser medido e para se mostrar, se conceitua em pi, número esquisito e estranho, é Exu. Exu é a realidade dos irracionais, mas se insere em um universo complexo (dos números, conhecidos originalmente por imaginários, cuja existência não pode ser capturada pela mente humana). É isso, Exu faz parte do universo dos números complexos que garante a existência dos números reais sem dela depender.

 

Exu é o verso e o anverso que constituem o reverso. Todas as dicotomias se encontram em Exu, sendo a principal delas, a vida humana com a sua absurdidade e logicidade. Exu é a lógica transversa que não se define, mas sem a qual, nada existiria. Por detrás de toda nossa lógica cartesiana e platônica um verbo indefinido tenta definir o indefinível sustentador dos mundos. Nossa lógica não suportaria a de Exu, daí, Ele próprio velar-se a nós.

 

O véu que nos desponta é o da comunicação e de tudo aquilo que é da ordem do nosso mundo, ou seja, tudo. Exu é o grande mensageiro, aquele que leva nossos pedidos à divindade e nos livra de todas as mazelas. Com sua regência tanto pode atuar facilitando a comunicação, como dificultando-a, fazendo cada um entender aquilo que lhe convém, pois Exu não convence nem vence, porém dá as oportunidades para que possamos avaliar os lados de uma mesma moeda. Em Exu a moeda só tem um lado, assim como o plano de uma única face de Einstein. Mas no nosso mundo tudo tem várias formas de abordagens. Exu nos ensinará que as estudemos e decidamos pelo melhor para nós mesmos. Exu é senhor sem reverências ou protocolos, mas deles faz questão quando irrompe na matéria. Exu é todo o absurdo, mas singularmente e simultaneamente também é todo o respeito exigido.

 

Exu é a expressão do consciente que escapa, em um sonho, do material do inconsciente. Ele está lá, em algum lugar ilógico do universo dos números complexos, do inconsciente, mas somente posso retê-lo, seja em um ritual, seja para ouvir seu gargalhar, em um padê. É na simplicidade de um copo d’água que Exu mostra o seu rosto sem face, um corpo que não se limita.   

 

Exu é aquele que não depende de nada, mas que origina toda a existência. Não é consequência nem causa, mas somente Exu, sem o qual não se faz nada! Laroyê! Em um ano regido por Omolu e Exu, ou ainda por Exu e Omolu, todas as impossíveis possibilidades estarão presentes. Aquilo que é da ordem do transcendental, ou até mesmo, em uma linguagem mais coloquial, da ordem do fantasmagórico, estará presente e se manifestará na esfera do natural. Todas as possíveis criações mentais, mesmo as mais absurdas, poderão manifestar-se no aqui e agora.

Exu é o grande companheiro de Omolu, ajudando-o em tudo, jamais lhe ocultando ou erguendo dificuldades.

Arcano do Tarot Regente
8 - A Justiça

É a avaliação das ações pretéritas à luz de novos saberes. Quando fazemos isso, é preciso sermos dóceis conosco mesmos, assim como com os outros. É preciso termos a noção de que nunca faríamos a mesma coisa da mesma forma. A sensação da mudança de perspectivas avaliativas é um excelente sinal de mudança em nossas avaliações. Nós mudamos e tudo muda à nossa volta.

O Raio do Ano
7o

Transformação, concretização física e magia cerimonial

 

Mestre: Saint Germain

Cor: Violeta

Arcanjo: Ezequiel

Elohim: Arcturus

Dia: Sábado

Pedra: Ametista

 

Novamente, percebe-se a grande tônica de um processo transformador. As três grandes hierarquias planetárias: hominal, angelical e elemental unidas em um processo de transformação.

Horóscopo Chinês
Ano do Dragão

Regência de 10 de fevereiro de 2024 a 28 de janeiro de 2025.

O Dragão é o próprio arquétipo da elegância, diplomacia e confiança. Atributos importantíssimos na realização de qualquer coisa. São atributos que transbordam do nosso ser, afetam o outro e lá dividem morada. Sendo, justamente essa afetação que imprime algo de nós no outro. Na força ou pelo medo a ação retorna com todo o ódio que lhe vai sendo acrescentado pelas inconsistências do nosso próprio ser.

Numerologia

Para descobrir seu número pessoal para 2024, basta somar o número do dia e mês do seu aniversário com 8. Caso dê um número maior que 9, reduza novamente somando os números que o compõe.

1 – Independência. Ousadia. Empreendimentos. Começos.  

2 – União. Paciência. Continuidade. Atividades em equipe.

3 – Comunicação. Sociedade. Conhecimento.

4 – Organização. Sacrifícios. Durabilidade.

5 – Liberdade, aventuras. transformação.

6 – Proteção. Responsabilidade. Finanças. Dedicação.

7 – Profundidade. Isolamento. Interiorização.

8 – Competência e ano de colheita. Administrar.

9 – Universalidade. Final de ciclo. Renovação.

ROUPA ADEQUADA PARA O RÉVEILLON

SATURNO

Preto, tons de terra, vermelho e o clássico branco

 

OMOLU

Preto, amarelo e vermelho. Preto e dourado

 

EXU

Preto e vermelho

 

7o RAIO

Violeta

JÓIAS ADEQUADA PARA O RÉVEILLON
SATURNO
Ônix, Obsidiana e Ouro
 
OMOLU
Ônix, obsidiana e ouro
EXU
Pedra vulcânica e a pedra-cruz
 
7o RAIO
Ametista
Mandalas e Simpatias para 2024

Como a passagem do ano congrega uma época propícia a reverberação dos rituais, colocamos, a seguir, alguns. O mais importante é que reverbere no coração, fazendo parte do seu sistema de crenças.

MANDALA DE CAPTAÇÃO DE PAZ E HARMONIA

Essa mandala será de muita ajuda para aqueles que desejam uma melhor compreensão de si mesmos, ou melhor, das suas reações perante os estímulos que o ambiente nos proporciona, incluindo-se as nossas relações humanas nessa ambiência. O melhor horário para a montagem da mandala é no momento em que os ponteiros do relógio estão sobrepostos (estão em conjunção), como por exemplo, às 12h, 13h05min, 14h10min e assim por diante.

Material Necessário:

  • Essências de aloés, cravo e canela

  • 3 tacinhas de cristal ou vidro

  • Fio de cobre com cerca de 75cm

  • Vela de 7 dias na cor branca

  • 1 pedaço de Ônix

  • 1 pedra-cruz ou qualquer pedra vulcânica

  • 1 drusa de cristal

 

Com a passagem do ano, forma-se uma egrégora propícia à realização de rituais, uma vez que, todos estão com o pensamento voltado para o novo ano novo.

 

A montagem de uma mandala pode ser de muita ajuda nos lares de todos aqueles que desejam se sintonizar com um mundo no qual as pessoas se entendam melhor.

 

O melhor horário para a montagem da mandala é no momento em que os ponteiros do relógio estão sobrepostos, como por exemplo, às 12h, 13h05min, 14h10min e assim por diante.

 

Toda e qualquer mandala, quando montada, requer sejam feitos pedidos em prol da humanidade e nunca para aquele somente que a realiza. quando estivermos pedindo por paz e harmonia em nossas vidas, devemos também acrescentar ao pedido, a solicitação de paz e harmonia para toda a humanidade.

 

Antes de entrarmos na montagem da mandala, é bom lembrar que qualquer ato ritualístico requer paz e concentração para que os objetivos sejam alcançados. de nada adianta montar uma mandala quando a mente não está suficientemente direcionada para este fim.

 

O aparente simples ato de acender uma vela requer uma concentração naquilo que se faz. qualquer vela deve ser acesa com fósforos e com o pensamento firme naquilo que se deseja, no caso a paz e a harmonia.

no dia da arrumação da mandala, procurar manter-se harmonizado, sem aborrecimentos. arrumar a mandala fazendo um triângulo com o fio de cobre, apontando uma das pontas para a direção do sol nascente. acender a vela no centro do triângulo.

 

Colocar a taça com 21 gotas de cravo na ponta direita do triângulo e a taça com 21 gotas de canela na ponta esquerda. a taça com aloés na ponta superior do triângulo. todo o material é colocado pelo lado de dentro do fio de cobre.

 

Ao lado da taça contendo a essência de cravo, colocar o cristal de ônix e da taça com canela, a pedra-cruz. a drusa é colocada no meio. quando a vela terminar, após o sétimo dia, deve-se “levantar” a mandala. as águas das tacinhas deverão ser colocadas em água corrente e o fio de cobre enrolado nas pedras. coloca-se o fio de cobre com as pedrinhas dentro de um saquinho branco. Este saquinho poderá ser trazido junto a si ou colocado pendurado atrás da porta de entrada da casa para atrair paz e harmonia ao lar.
 

SIMPATIAS PARA PROSPERIDADE

  • Jogar lentilha nos cantos da casa e não limpar até o Dia de Reis, pedindo aos três reis magos Baltazar, Melchior e Gaspar que tragam muita prosperidade para a casa. Depois depositar tudo na terra.
     

  • Fazer a passagem de ano comendo uvas brancas símbolos de fertilidade.
     

  • Colocar um prato bem bonito com 14 folhas de louro em volta e pó de noz-moscada ralada pela própria mão com um pedaço de um objeto em ouro. Deixar até o Dia de Reis e guardar as folhas de louro na bolsa ou carteira.
     

  • Oferecer uma bandeja de frutas com uma taça de vinho branco ao centro e espalhar muitas moedas e objetos dourados. Pedir a todo o povo da riqueza que lhe traga muita fartura no ano. Deixar por sete dias. As moedas e objetos dourados podem ser levados na carteira e o restante despachar na terra. cuidado para não deixar que nada se deteriore. caso aconteça retirar e despachar.

SIMPATIA PARA A SAÚDE

  • Acender uma vela verde, de 7 dias sobre um pano verde, na medida da palma esquerda da pessoa que se quer atingir ou do dirigente espiritual da casa. Colocar 7 favas de Omolu em volta, pedindo que todos os nossos desequilíbrios se transformem em equilíbrio na força do Arcanjo Raphael. Depois, a cada dia, despachar cada uma das favas durante os 7 dias seguintes e dizer: “Te devolvi as 7 favas. que meu corpo físico tenha saúde e harmonia para que meu espírito se manifeste em toda a sua plenitude”.

SIMPATIAS PARA O AMOR

Amor: pegar uma rosa branca, passar por todo o corpo depois do último banho do ano, colocá-la no mar, fazendo pedidos a Yemanjá para viver um grande amor.

Paixão ardorosa: pegar 7 rosas vermelhas colocar na praia em forma de círculo com uma vela vermelha no centro. Dar 7 voltas no sentido anti-horário e começar a pedir para que uma pessoas lhe faça viver uma grande paixão.

PREPARAÇÃO DA CASA

Defumação

Copo com pastilha de cânfora

Água do mar aspergida nos cantos

BANHOS LUSTRAIS PARA PREPARAÇÃO DO ESPÍRITO

Ervas: Rosa branca, alfazema, manjericão ou alecrim.

Essências: Lírio, lótus ou alfazema

Romã ou folhas de louro são bons para atrair prosperidade.

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